Não há mais dúvidas de que a gestão agrícola deve agora levar em conta as mudanças climáticas, juntamente com sua imprevisibilidade crescente (aumento das temperaturas, secas mais intensas, geadas prolongadas) e suas variações significativas de um ano para o outro. Embora nenhuma solução possa eliminar os efeitos das mudanças climáticas, o desafio é adaptar-se. Uma maneira de fazer isso é ajudar as culturas expostas a permanecerem saudáveis: se as plantas forem mais robustas, serão mais resistentes às condições climáticas, beneficiando assim a produtividade e a qualidade.
Comparação entre brotos de soja sob estresse hídrico e sem estresse
Até agora, a proteção das plantas baseava-se essencialmente na aplicação de substâncias ativas que visam patógenos, pragas ou ervas daninhas para eliminá-los, utilizando, na maioria dos casos, ações externas e química sintética. Uma nova tendência emergiu, favorecendo soluções de biocontrole, em particular estimuladores de defesa natural e elicitores. O desafio é mobilizar os próprios mecanismos de defesa das plantas para combater o estresse abiótico, tornando-as naturalmente mais robustas.
Quando confrontados com a falta de água, os fitoesteróis (moléculas bioquímicas naturalmente produzidas pelas plantas) influenciam o funcionamento interno da planta. Eles induzem reações fisiológicas e/ou de resistência ao estresse abiótico, como o causado por um período de seca ou aumento da temperatura.
Moléculas ‘sinalizadoras’ para armar as plantas com ação preventiva
Os fitoesteróis atuam de maneira bem identificada. Esses lipídios vegetais enviam um sinal às células das plantas ao se ligar aos receptores das membranas celulares, desencadeando uma cadeia de reações bioquímicas que estimulam a expressão de genes envolvidos em reações fisiológicas, aumentando a tolerância ao estresse. A Elicit Plant utilizou esse mecanismo para formular soluções que demonstraram eficácia em uma ampla gama de condições climáticas e de solo, em todo o mundo. Hoje, a Elicit Plant é o único player agri-biotecnológico a utilizar essas moléculas e a se especializar no combate à escassez de água em culturas de campo — as mais propensas a sofrer esse tipo de estresse.
A aplicação dessas moléculas ‘sinalizadoras’ coloca as plantas em estado de alerta, desencadeando suas reações de defesa com antecedência, permitindo que elas se adaptem antes mesmo que o estresse ocorra, por menor ou ocasional que seja. Em caso de exposição real ao estresse, as plantas já estão preparadas, tendo adquirido a resistência necessária para lidar com a situação. As consequências são visíveis e mensuráveis: redução das necessidades de água e, portanto, melhor gestão dos recursos disponíveis; fechamento parcial dos estômatos para limitar a evapotranspiração; e aumento do desenvolvimento radicular para acessar mais reservas de água. Os resultados são claros nas próprias plantas: aumento dos efeitos de ‘stay-green’, espigas maiores, maior biomassa e consequente aumento nos rendimentos. Esses resultados foram demonstrados por ensaios de vários anos em milho, girassol, soja e cereais em diferentes condições de clima e solo, em diversos continentes. Os aumentos de rendimento em média foram de 570 kg por hectare, chegando a mais de 2 toneladas.
Diagrama da ação dos fitoesteróis
Plantas saudáveis otimizam os efeitos dos fitoesteróis
A aplicação de fitoesteróis é ainda mais eficaz quando as culturas estão saudáveis e seguem um itinerário de cultivo ideal, desde a semeadura até a colheita. Plantas saudáveis são capazes de tirar o máximo proveito dessas soluções inovadoras.
Os fitoesteróis sempre atuam da mesma maneira, e os resultados obtidos são consistentes e reproduzíveis.
Os efeitos dos fitoesteróis também dependem das condições agroclimáticas. Quanto mais intensa a seca, mais visível é a contribuição do produto. Aplicações adicionais de fitoesteróis têm maior impacto quando há escassez hídrica ‘micro’ recorrente. Os fitoesteróis amortecem os efeitos da seca entre dois aportes de água, preservam o desenvolvimento das plantas e, portanto, os rendimentos associados.
As plantas expressam todo o seu potencial genético em condições climáticas ideais, quando não falta água. Nesses casos, os fitoesteróis aplicados não têm efeitos adversos sobre as plantas, seja em termos de produção ou rendimento. Aplicações adicionais não apresentam riscos, pois sua ação permanece neutra.
Dadas as condições climáticas cada vez mais imprevisíveis, é fortemente recomendada a aplicação anual de fitoesteróis. No futuro, espera-se que períodos de escassez de água ocorram com mais frequência justamente nos momentos em que as plantas mais precisam de água. Além disso, essa tecnologia tem a vantagem de agir preventivamente para limitar o impacto da escassez de água nos rendimentos. Nossas análises demonstram inegavelmente o valor das aplicações plurianuais, comparáveis a uma apólice de seguro. Hoje, todos sabemos que as culturas sofrerão períodos de escassez de água, só não sabemos quando, com que intensidade ou por quanto tempo. Os mecanismos de defesa naturais estimulados pelos fitoesteróis como medida preventiva dão às culturas uma chance extra de resistir melhor e garantir rendimentos mais altos.
Outra grande vantagem é que os fitoesteróis não causam fitotoxicidade. Dado o seu modo de ação altamente específico, basta seguir a dose e o estágio de aplicação recomendados para obter sua eficácia total. O uso de fitoesteróis, portanto, se alinha naturalmente às práticas agrícolas respeitosas ao ser humano e ao meio ambiente, trabalhando com a ‘saúde positiva das plantas’ em mente.
Com a tecnologia certa, a dose certa e o posicionamento correto, todo agricultor está seguro de otimizar o manejo de suas culturas e melhorar a saúde das plantas sem prejudicá-las.